Andador... não é uma boa escolha!
A primeira impressão de perigo vista pela população na utilização de andadores por crianças está relacionada à condição de traumatismos por uma eventual queda junto a escadas e de facilitar o alcance de objetos do qual a criança não estaria apta se não estivesse no equipamento. Um dos principais fatores de risco para traumas em crianças é dar a ela mais independência do que sua idade permite. Tendo essa liberdade, a criança pode ter acesso a objetos e locais que podem provocar queimaduras, intoxicações e afogamentos.
As
situações acima têm fundamento, e devem ser tomadas em consideração também para
avaliação da real necessidade de utilização do andador por bebês. Em algumas
cidades no Brasil como, por exemplo, Passo Fundo no RS o uso de andadores por
crianças em creches e escolas públicas é proibido. Esta condição foi imposta
após um acidente ocasionar a morte de uma criança de 10 meses, que caiu
enquanto usava um andador.
Neste
artigo queremos abordar outro ponto de vista relacionado ao desenvolvimento
destes bebês sobre a questão ortopédica e neurológica. Questões tão importantes
quanto os possíveis acidentes já destacados.
Bebês que utilizam o andador podem apresentar
atraso no desenvolvimento psicomotor, levam mais tempo para ficar de pé e para
caminhar sem apoio, engatinham menos e têm escores inferiores em testes de
desenvolvimento.
O
exercício físico também é prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele dê
mais mobilidade e velocidade, a criança precisa gastar menos energia com ele do
que tentando alcançar o que lhe interessa sem ajuda.